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Rep Bãrdei
tchu iu para mim! Ao contrário do que possa parecer, não, eu não estou tentando
fazer propaganda do meu aniversário, nem angariando felicitações. Mas é claro
que se você ainda assim quiser me deixar um comentário lindo ao final do texto,
você pode e eu amarei ler! Ehehhehehe
Todos os anos
nessa época escrevo alguma coisa, em algum caderno por aí. Esse, como agora
tenho um blog, resolvi tornar público. Uso essa escrita para o que tiver
vontade, como agradecimentos, desejos, por sonhos no papel, até mesmo uma
retrospectiva do ciclo que se findou.
Esses dias, estava rolando o feed sem dar muita atenção para o que estava vendo, até que passei por uma frase que me chamou a atenção. A tal da frase dizia algo mais ou menos assim: “desejo a você, que você viva muitas vezes a sua melhor fase”. Naquele momento, muito rapidamente as minhas memórias foram ativadas. Mas qual seria a minha melhor fase?
Comecei
lembrando de coisas pequenas e não uma fase realmente. A primeira delas foi das
idas a padaria ou mercado nos fins da tarde, quando ainda morava lá em Taquari.
Íamos quase todos os dias, quando a dinda e eu chegávamos da escola. Na minha
memória parece que aqueles momentos eram mágicos. Não sei direito explicar,
afinal eram uma coisa tão simples, quase que banal, mas na minha mente ficou gravado
de uma outra forma, muito mais especial do que realmente devia ser.
Saíamos de
casa com o intuito de comprar pão geralmente, conversávamos, perguntávamos
sobre o dia uma da outra, as vezes compartilhávamos até uma fofoquinha. Era
sempre entardecer, tinha dias que o céu era azul, outros, rosa ou laranja. Encontrávamos
algum conhecido quase sempre, afinal em cidade pequena se conhece quase todo
mundo. Lembro de ter um ventinho fresco, até mesmo no verão, acho que por conta
do horário que íamos. Com o pão ou qualquer outra coisa que fosse, voltávamos
para casa e a mesa já tinha sido colocada pela minha avó. Tomávamos café,
conversávamos mesmo com a tv ligada e a vida seguia.
O café me fez pensar nas comidas de casa também, aquelas que se eu fechar os olhos lembro o sabor. É muito curioso como geralmente as pessoas de uma região se alimentam de forma tão parecida e com sabores tão diferentes ao mesmo tempo. Acho que é isso que faz as comidas ganharem o título de “comidas da minha casa ou da minha infância” que tantas pessoas lembram, principalmente quando não pode mais come-las.
E aí nessa
parte, lembrei de muitas imagens de coisas pequenininhas e especiais. Como o
beijo de boa noite da minha avó, o abraço do meu avô quando já tinha se passado
um mês desde a última vez que tinha ido, quando me formei no magistério e
estava tão feliz que não queria que o dia acabasse, quando passei no Instituto
Federal, os churrascos dos aniversários como o que contei no texto A doçura das memórias e o encanto de novos ciclos, quando
fui aprovada na auto escola.
Lembrei da
sensação quase indescritível de quando comprei meu apartamento e fui mobiliando
com muito suor e trabalho. Quando fui nas Cataratas do Iguaçu e achei tão lindo
que simplesmente chorei, quando sentava com amigos horas num trapiche da Lagoa
Armênia e a vida nem tinha muitas preocupações. Relembrei o frio na barriga de
quando comecei em novos empregos. Me lembrei de quando, numa tarde de
quarentena por conta do Covid, imaginei cada detalhe da Memori Home. Recordei
da euforia quando pus o site no ar.
Voltei ao passado e me vi no colo da minha mãe até pegar no sono. Revivi as minhas memórias de amor e afeto. E nisso, senti o quentinho no coração que sinto quando me lembro de coisas que vivi com meu marido. Então me lembrei de tranquilidade e carinho. Por falar em companheirismo, veio à tona o dia em que adotei a Nina, minha companhia de tantas coisas, afinal por um tempo era só eu e ela contra o mundo.
Depois de um
certo tempo, percebi que tudo até aqui, era sobre o passado memórias que criei
ao longo do tempo. Mas e o agora?
Então meus
pensamentos se voltaram para quando eu dou risadas até chorar. Para momentos
como esse, em que escrevo um blog, que por sinal é algo em que já pensava há
uns doze anos atrás e até agora nunca tinha dado a cara a tapa e feito
realmente. Isso me fez pensar que as vezes o mundo dá voltas e a vida nos diz,
como quase um sussurro no ouvido, quando é a hora certa para tudo acontecer.
Veio os momentos em que chego em casa e tomo um banho de lavar a alma e sento na sacada para sentir a brisa e descansar. Depois os momentos de tranquilidade de pensamentos, que é quando tudo realmente se acalma, por mais raros que esses momentos tem sido ultimamente, acho que por isso mesmo são tão bons quando acontecem. De quando me sinto mais perto de Deus.
Quando saio
para caminhar com a Nina e tem um por do sol me esperando ali na esquina.
Quando olho a vista da cidade através da minha janela. Quando algum cliente meu
ou da oficina se encanta com nosso trabalho. Quando meu marido resolve algo
difícil e o cliente finalmente tem uma resposta para seu problema, pois são
nesses momentos que me sinto ainda mais orgulhosa dele. Quando sinto que meu esforço
vale a pena ou que melhorei o dia de alguém.
Quando faço
uma receita nova e dá muito certo. Ou ainda, quando faço uma comida de sempre e
sinto reconforto. Quando a casa tá uma delícia depois de uma faxina, onde está
tudo limpinho e cheiroso para poder aproveitar e relaxar. Sabe aquela hora em
que você acaba, senta no sofá e diz -- ufa! Acabei! Quando respiro, fecho os
olhos e faço uma oração. Quando tomo um café da manhã comigo mesma e depois
tenho uma manhã dos meus sábados preferidos. Quando acordo e posso ficar mais
na cama com minhas cobertas especialmente aconchegantes numa manhã de inverno.
Quando deito, sinto que tudo está bem e me sinto protegida e segura até
adormecer.
Já a essa altura, cheguei à conclusão que não é uma melhor fase quero reviver várias e várias vezes. Mas sim quero poder guardar na memória todas essas coisas que já vivi como se fosse uma fotografia, que de tempos em tempos podemos pegar o álbum e rever. Além disso, quero estar presente de verdade e levar os dias de maneira leve para que eu possa criar cada vez mais fotografias. Afinal, tão importantes quanto as memórias que já temos, são as que criamos agora para nos lembrar no futuro.
Então o meu
pedido hoje para mim e você, já que
acredito que todos merecem viver as
melhores coisas, é que eu e você tenhamos a chance de viver muitas vezes, não a
nossa melhor fase, mas sim os nossos melhores momentos e que eles virem essas
fotografias impressas na memória e no coração. E mais, que todos nós tenhamos
cada vez mais sonhos, pois como já dizia o poeta, só quem tem sonhos e desejos,
podem realizar.
Bjos
Comentários
Parabéns minha amiga!! Muito sucesso, alegrias e saúde!
ResponderExcluirMuito obrigada!!! Desejo o mesmo para ti! Um abraço bem apertado....
ExcluirParabéns! Felicidades
ResponderExcluirMuito obrigada!!! Que vc também seja imensamente feliz!
ExcluirAngelica...senti uma grande emoção ao ler o teu texto...afinal essas memórias da tua infância fazem parte de mim tbm......guardo com carinho essas pessoas no meu coração...assim como tenho um carinho especial por ti .és merecedora de um futuro brilhante 🌞
ResponderExcluirNossa que lindo ler isso, como é bom saber que nós ou nossas histórias são importantes para outras pessoas, isso nem o tempo apaga. Muito obrigada por tudo isso e um bjo enorme!
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